
A relação sexual programada, ou coito programado, é um tratamento de infertilidade que utiliza medicamentos para estimular a produção de óvulos, acompanhamento ultrassonográfico, programando os dias férteis da mulher com as relações sexuais que o casal deve realizar para aumentar as chances da gravidez ocorrer.
No decorrer do tratamento, os folículos ovarianos (estruturas que guardam os óvulos) e o endométrio devem crescer progressivamente, o que é verificado através de 2 a 3 ultrassonografias seriadas. Quando o folículo adquire o tamanho adequado, é aplicada uma injeção chamada de HCG para promover a ovulação. O endométrio adquire um aspecto trilinear/trilaminar e espessura mínima de 7 mm, para o sucesso do tratamento. Com isso, iremos estimular o acontecimento da fecundação "in vivo", em que os espermatozoides tem motilidade e acesso às tubas uterinas chegando ao óvulo e fecundando-o. Os níveis de sucesso dependem da idade da paciente e variam de 10-20% por tentativa.
Saiba mais:
O método normalmente é indicado para casais que não consigam ter filhos por problemas de ovulação, mas que tenham exames comprovando que o sêmen e as tubas uterinas estão normais. Essa avaliação é obtida a partir do histórico da paciente, em que ela descreve seus ciclos menstruais (intervalos e duração) e os sintomas ovulatórios (muco, dor em baixo ventre) no meio do ciclo. Depois da anamnese, podem ser solicitados exames hormonais em dias determinados do ciclo menstrual, ultrassonografia transvaginal para monitorar a ovulação e avaliação das trompas pela histerossalpingografia. No homem é indicada avaliação do sêmen pelo espermograma.